Excelente a crítica que Eleonora de Lucena escreveu para a Folha de S. Paulo, de 27 de Setembro de 2013, ela diz que "em meio a lançamentos imbecilizantes da atual safra de longas nacionais, 'o Tempo e o vento' é bem-vindo. Pode levar muitos a ler Veríssimo."
Realmente, para a atual geração que considera 50 tons e Crepúsculos vampirescos leitura de qualidade, se de 150 deles que forem aos cinemas, 01 e apenas 01, ler Veríssimo já terá valido a pena.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Gabarito dos exercícios de Colocação dos Pronomes Oblíquos
Pessoal, desculpem-me pela demora em postar o gabarito. Estou com muitas provas para serem corrigidas. Espero que entendam. ;)
1)
( c ) Autorizaram-me a entrar.
( a ) Não te metas nisso.
( c ) Amai-vos uns aos outros.
( b ) Organizar-se-á uma equipe.
( a ) Todos o admiram.
( c ) Sustive-a na palma da mão.
( a ) Quem os ajudará?
( c ) Trato-os com muito respeito.
( b ) Comprar-lhe-ia roupa nova.
( a ) Não lhes acho graça.
( c ) Aprontamo-nos rapidamente.
( c ) É um prazer ouvi-lo falar.
2)
( a ) Ninguém lhe resiste.
( c ) Quando me lembrei, já era tarde.
( b ) Preciso de alguém que me oriente.
( c ) Pedi que se afastassem.
( a ) Não se nega um copo d'água.
( b ) São pessoas com quem nos identificamos.
3)
( 2.2 ) Deus o acompanhe!
( 2.4 ) Por que se preocupa tanto com essas coisas?
( 2.1.a ) Não a vejo há muito tempo.
( 4 ) Ficar-lhe-ei grato por esse favor.
( 5.1 ) Distraímo-nos ouvindo música.
( 5.4 ) Tornei a visitá-los três meses depois.
( 2.1.b ) Fiquei olhando o carteiro, que se aproximava.
( 6 ) Pedi licença para me retirar (ou retirar-me).
( 2.3 ) Como a gente se engana!
( 5.2 ) A mãe correu para as filhas, beijando-as muito.
( 5.1.c ) Pedi que os guardasse em lugar seguro.
( 5.3 ) Procure seu irmão e peça-lhe desculpas.
( 2.1.d ) Várias pessoas já me disseram isso.
( 7 ) Rugas precoces instalaram-se no rosto dele.
( 2.1.e ) Tudo nos leva a crer que João é inocente.
4)
1. Estabelecer-me-ei (1ª p.)
Estabelecer-te-ei (2ª p.)
Estabelecer-lhe-ei (3ª p.)
2. Retirar-me-ia (1ª p.)
Retirar-te-ia (2ª p.)
Retirar-lhe-ia (3ª p.)
3. Jogá-lo-ei (3ª p.)
Jogar-me-ei (1ª p.)
Jogar-te-ei (2ª p.)
4. Conceder-lhe-ia (3ª p.)
Conceder-me-ia (1ª p.)
Conceder-te-ia (2ª p.)
5)
( x ) Ele não é um bom escritor, embora reconheça-lhe algumas qualidades.
Correção: Ele não é um bom escritor, embora lhe reconheça algumas qualidades.
Justificativa: A próclise será de rigor quando antes do verbo houver, na oração, palavras que possam atrair o pronome átono. Tais palavras são principalmente:
c) as conjunções subordinativas:
Quando, embora, ....
6)
( x ) Nada contentá-lo-á enquanto não tiver a paz interior.
(Nada o contentará...) Justificativa: Regra: 2.1.e
7)
( x ) Caberia-lhe então mostrar patriotismo e competência.
Correção: Caber-lhe-ia então...
Justificativa: Em caso algum se haverá de pospor o pronome átono ao futuro do indicativo.
( x ) Me disseram que a cachoeira de Sete Quedas sumiu rio abaixo, levada pelo progresso.
Correção: Disseram-me...
Justificativa: Na língua culta, não se abre frase com pronome oblíquo.
8)
1. Detive-me para ouvir melhor.
2. Nenhum obstáculo nos fará recuar.
3. Jacinto não entendeu o que Sônia lhe disse.
4. Quando ele se enfurece, não há nada que o detenha.
5. Bem se vê que não te preocupas com essas coisas.
6. Como nos custa perdoar uma ofensa!
7. Viesse donde viesse, o receberíamos com a alegria de sempre.
8. Lembra-te de nós - disse o padrinho, despedindo-se.
9. Retirar-me-ei, se vos recusais a ouvir-me.
10. Talvez dali por diante agisse de outro modo, se acautelasse contra pessoas inescrupulosas.
11. Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
12. Tudo a encantava e e dizia-lhe que a vida é bela.
13. Acenderam-se fogueiras, onde se assaram batatas-doces.
14. Só di-lo-ei isto: Ivone, jamais me esquecerei de você!
15. A avó gosta dos netos, trata-os com carinho, alegra-se quando os vê.
16. Tratar-se-ia de objetos voadores não-identificados?
9) 3. A brava nação tupi erguer-se-á novamente para expulsar o invasor.
5. João se levantou para me agredir, mas Luís deteve-o, segurando-lhe o braço.
10)
1. "Teriam-lhe (...)"
2. (...)"houvesse me enganado"?
3. (...)"já se tinha evaporado".
4. "Haviam-no"(...)
5. (...)"o menino se distraído"(...)
6. "Teria o mordido"(...)
7. (...)"tinham-no"(...)
8. (...)"ou se escondido"(...)
9. "ia-se operando / ia se operando / operando-se"
10. "está a aconselhando / aconselhando-a"
11. "se distanciando / distanciando-se"
12. "deveria me reunir / reunir-me a eles"
11)
( )
( x ) Os presos tinham se revoltado contra os carcereiros.
( )
( )
( )
( x ) Você devia ter lhe cedido o lugar.
( )
( x ) O navio foi se afastando lentamente.
( )
( )
12.
( )
( )
( )
( )
( x ) Poderia ter se encontrado com a raposa... (Ledo Ivo)
( )
13)
1. ajudá-los
2. me aproximava
3. podem se comprar/ podem comprar-se
4. se amar / amar-se
5. se permitir
6. ver-me
7. se tornando / tornando-se
8. o amarrar / o dava
9. quis me dizer
10. estava-se / dirigindo-se
11. ia-se / ia se dissipando
12. quis te experimentar
13. hás de me conhecer
14. passado-se em casa
15. visse me buscar
16. apoderado-se
17. comprimia-se
18. aperta-lhe
14)
1. As migalhas que lhe ficavam entre os dedos as levava à boca.
2. Frutas e insetos os passarinhos os conseguem pelo seu próprio esforço.
3. A caridade, o perdão e o sacrifício tu os ensinaste durante toda a tua vida.
4. Os doces e as empadas os fez bem gostosos.
5. O mar e seus encantos quem não os admira?
Observações:
* "A maneira de colocar os pronomes átonos, no falar brasileiro, nem sempre coincide com a dos portugueses, devido à entoação diferente e ao ritmo peculiar de nossa fala.
* As normas que acabamos de traçar acerca da topologia pronominal não têm a rigidez e a inflexibilidade das leis absolutas, ficando, em muitos casos, subordinadas às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da expressão."
1)
( c ) Autorizaram-me a entrar.
( a ) Não te metas nisso.
( c ) Amai-vos uns aos outros.
( b ) Organizar-se-á uma equipe.
( a ) Todos o admiram.
( c ) Sustive-a na palma da mão.
( a ) Quem os ajudará?
( c ) Trato-os com muito respeito.
( b ) Comprar-lhe-ia roupa nova.
( a ) Não lhes acho graça.
( c ) Aprontamo-nos rapidamente.
( c ) É um prazer ouvi-lo falar.
2)
( a ) Ninguém lhe resiste.
( c ) Quando me lembrei, já era tarde.
( b ) Preciso de alguém que me oriente.
( c ) Pedi que se afastassem.
( a ) Não se nega um copo d'água.
( b ) São pessoas com quem nos identificamos.
3)
( 2.2 ) Deus o acompanhe!
( 2.4 ) Por que se preocupa tanto com essas coisas?
( 2.1.a ) Não a vejo há muito tempo.
( 4 ) Ficar-lhe-ei grato por esse favor.
( 5.1 ) Distraímo-nos ouvindo música.
( 5.4 ) Tornei a visitá-los três meses depois.
( 2.1.b ) Fiquei olhando o carteiro, que se aproximava.
( 6 ) Pedi licença para me retirar (ou retirar-me).
( 2.3 ) Como a gente se engana!
( 5.2 ) A mãe correu para as filhas, beijando-as muito.
( 5.1.c ) Pedi que os guardasse em lugar seguro.
( 5.3 ) Procure seu irmão e peça-lhe desculpas.
( 2.1.d ) Várias pessoas já me disseram isso.
( 7 ) Rugas precoces instalaram-se no rosto dele.
( 2.1.e ) Tudo nos leva a crer que João é inocente.
4)
1. Estabelecer-me-ei (1ª p.)
Estabelecer-te-ei (2ª p.)
Estabelecer-lhe-ei (3ª p.)
2. Retirar-me-ia (1ª p.)
Retirar-te-ia (2ª p.)
Retirar-lhe-ia (3ª p.)
3. Jogá-lo-ei (3ª p.)
Jogar-me-ei (1ª p.)
Jogar-te-ei (2ª p.)
4. Conceder-lhe-ia (3ª p.)
Conceder-me-ia (1ª p.)
Conceder-te-ia (2ª p.)
5)
( x ) Ele não é um bom escritor, embora reconheça-lhe algumas qualidades.
Correção: Ele não é um bom escritor, embora lhe reconheça algumas qualidades.
Justificativa: A próclise será de rigor quando antes do verbo houver, na oração, palavras que possam atrair o pronome átono. Tais palavras são principalmente:
c) as conjunções subordinativas:
Quando, embora, ....
6)
( x ) Nada contentá-lo-á enquanto não tiver a paz interior.
(Nada o contentará...) Justificativa: Regra: 2.1.e
7)
( x ) Caberia-lhe então mostrar patriotismo e competência.
Correção: Caber-lhe-ia então...
Justificativa: Em caso algum se haverá de pospor o pronome átono ao futuro do indicativo.
( x ) Me disseram que a cachoeira de Sete Quedas sumiu rio abaixo, levada pelo progresso.
Correção: Disseram-me...
Justificativa: Na língua culta, não se abre frase com pronome oblíquo.
8)
1. Detive-me para ouvir melhor.
2. Nenhum obstáculo nos fará recuar.
3. Jacinto não entendeu o que Sônia lhe disse.
4. Quando ele se enfurece, não há nada que o detenha.
5. Bem se vê que não te preocupas com essas coisas.
6. Como nos custa perdoar uma ofensa!
7. Viesse donde viesse, o receberíamos com a alegria de sempre.
8. Lembra-te de nós - disse o padrinho, despedindo-se.
9. Retirar-me-ei, se vos recusais a ouvir-me.
10. Talvez dali por diante agisse de outro modo, se acautelasse contra pessoas inescrupulosas.
11. Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
12. Tudo a encantava e e dizia-lhe que a vida é bela.
13. Acenderam-se fogueiras, onde se assaram batatas-doces.
14. Só di-lo-ei isto: Ivone, jamais me esquecerei de você!
15. A avó gosta dos netos, trata-os com carinho, alegra-se quando os vê.
16. Tratar-se-ia de objetos voadores não-identificados?
9) 3. A brava nação tupi erguer-se-á novamente para expulsar o invasor.
5. João se levantou para me agredir, mas Luís deteve-o, segurando-lhe o braço.
10)
1. "Teriam-lhe (...)"
2. (...)"houvesse me enganado"?
3. (...)"já se tinha evaporado".
4. "Haviam-no"(...)
5. (...)"o menino se distraído"(...)
6. "Teria o mordido"(...)
7. (...)"tinham-no"(...)
8. (...)"ou se escondido"(...)
9. "ia-se operando / ia se operando / operando-se"
10. "está a aconselhando / aconselhando-a"
11. "se distanciando / distanciando-se"
12. "deveria me reunir / reunir-me a eles"
11)
( )
( x ) Os presos tinham se revoltado contra os carcereiros.
( )
( )
( )
( x ) Você devia ter lhe cedido o lugar.
( )
( x ) O navio foi se afastando lentamente.
( )
( )
12.
( )
( )
( )
( )
( x ) Poderia ter se encontrado com a raposa... (Ledo Ivo)
( )
13)
1. ajudá-los
2. me aproximava
3. podem se comprar/ podem comprar-se
4. se amar / amar-se
5. se permitir
6. ver-me
7. se tornando / tornando-se
8. o amarrar / o dava
9. quis me dizer
10. estava-se / dirigindo-se
11. ia-se / ia se dissipando
12. quis te experimentar
13. hás de me conhecer
14. passado-se em casa
15. visse me buscar
16. apoderado-se
17. comprimia-se
18. aperta-lhe
14)
1. As migalhas que lhe ficavam entre os dedos as levava à boca.
2. Frutas e insetos os passarinhos os conseguem pelo seu próprio esforço.
3. A caridade, o perdão e o sacrifício tu os ensinaste durante toda a tua vida.
4. Os doces e as empadas os fez bem gostosos.
5. O mar e seus encantos quem não os admira?
Observações:
* "A maneira de colocar os pronomes átonos, no falar brasileiro, nem sempre coincide com a dos portugueses, devido à entoação diferente e ao ritmo peculiar de nossa fala.
* As normas que acabamos de traçar acerca da topologia pronominal não têm a rigidez e a inflexibilidade das leis absolutas, ficando, em muitos casos, subordinadas às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da expressão."
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Colocação dos pronomes oblíquos átonos ( Exercícios )
Exercícios:
1) Nos exemplos abaixo aparecem todos os pronomes pessoais átonos. Sublinhe-os e relacione-os à sua colocação junto ao verbo:
(a) proclítico (b) mesoclítico (c) enclítico
( ) Autorizaram-me a entrar.
( ) Não te metas nisso.
( ) Amai-vos uns aos outros.
( ) Organizar-se-á uma equipe.
( ) Todos a admiram.
( ) Sustive-a na palma da mão.
( ) Quem os ajudará?
( ) Trato-os com muito respeito.
( ) Comprar-lhe-ia roupa nova.
( ) Não lhes acho graça.
( ) Aprontamo-nos rapidamente.
( ) É um prazer ouvi-lo falar.
2) Justifique a próclise, antepondo às frases as letras correspondentes aos três primeiros casos estudados no parágrafo 2.
( ) Ninguém lhe resiste.
( ) Quando me lembrei, já era tarde.
( ) Preciso de alguém que me oriente.
( ) Pedi que se afastassem.
( ) Não se nega um copo d'água.
( ) São pessoas com quem nos identificamos.
3) Numere os períodos de acordo com as regras de colocação pronominal estudadas:
Próclise: 2.1a - 2.1b - 2.1c - 2.1d - 2.1e - 2.2 - 2.3 - 2.4
Mesóclise: 4
Ênclise: 5.1 - 5.2 - 5.3 - 5.4 - 6 - 7
( ) Deus o acompanhe!
( ) Por que se preocupa tanto com essas coisas?
( ) Não a vejo há muito tempo.
( ) Ficar-lhe-ei grato por esse favor.
( ) Distraímo-nos ouvindo música.
( ) Tornei a visitá-los três meses depois.
( ) Fiquei olhando o carteiro, que se aproximava.
( ) Pedi licença para me retirar ( ou retirar-me ).
( ) Como a gente se engana!
( ) A mãe correu para as filhas, beijando-as muito.
( ) Pedi que os guardasse em lugar seguro.
( ) Procure seu irmão e peça-lhe desculpas.
( ) Várias pessoas já me disseram isso.
( ) Rugas precoces instalaram-se no rosto dele.
( ) Tudo nos leva a crer que João é inocente.
4) Varie os verbos em todas as pessoas, com os pronomes mesoclíticos:
1. Estabelecer-me-ei nesta cidade.
2. Retirar-me-ia da reunião.
3. Jogá-lo-ei ao mar.
4. Conceder-lhe-ia licença.
5) Assinale o único período em que há erro de colocação pronominal; corrija e justifique:
( ) Enquanto se absteve de beber e fumar, sua saúde melhorou.
( ) Plantações de cana-de-açúcar estendiam-se até a linha do horizonte.
( ) Ele não é um bom escritor, embora reconheça-lhe algumas qualidades.
( ) Quando a patroa limpa a louça, ela o faz com extremo cuidado.
6) Assinale o único período em que a mesóclise é inadequada:
( ) Sentir-me-ia mais aliviado, se conseguisse chorar um pouco.
( ) Se mergulhares um pano vermelho neste rio, retirá-lo-ás cheio de piranhas.
( ) Dir-se-ia que pairava sobre nós uma divindade funesta.
( ) Nada contentá-lo-á enquanto não tiver a paz interior.
7) Assinale as duas frases em que a colocação pronominal não está de acordo com o padrão culto. Corrija e justifique.
( ) Caberia-lhe então mostrar patriotismo e competência.
( ) Será preciso refazer a estrada, modificando-lhe o traçado.
( ) Me disseram que a cachoeira de Sete Quedas sumiu rio abaixo, levada pelo progresso.
8) Coloque corretamente junto aos verbos grifados os pronomes entre parênteses:
1. Detive para ouvir melhor. (me)
2. Nenhum obstáculo fará recuar. (nos)
3. Jacinto não entendeu o que Sônia disse. (lhe)
4. Quando ele enfurece, não há nada que detenha. (se - o)
5. Bem vê que não preocupas com essas coisas. (se - te)
6. Como custa perdoar uma ofensa! (nos)
7. Viesse donde viesse, receberíamos com a alegria de sempre. (o)
8. Lembra de nós - disse o padrinho, despedindo. (te - se)
9. Retirarei, se recusais a ouvir-me. (me - vos)
10. Talvez dali por diante agisse de outro modo, acautelasse contra pessoas inescrupulosas. (se)
11. Mais depressa apanha um mentiroso do que um coxo. (se)
12. Tudo encantava e dizia que a vida é bela. (a - lhe)
13. Acenderam fogueiras, onde assaram batatas-doces. (se - se)
14. Só direi isto: Ivone, jamais esquecerei de você! (lhe - me)
15. A avó gosta dos netos, trata com carinho, alegra quando vê. (os - se - os)
16. Trataria de objetos voadores não-identificados? (se)
9) Dê outra colocação aos pronomes átonos, mas só quando for lícita:
1. Ergueram o homem e o carregaram até a farmácia próxima.
2. Quem a visse ao lado dos escravos a julgaria também cativa.
3. A brava nação tupi se erguerá novamente para expulsar o invasor.
4. Nada a satisfaria, enquanto não os tivesse consigo.
5. João se levantou para agredir-me, mas Luís deteve-o, segurando-lhe o braço.
6. A agricultura não os havia ainda fixado à terra.
10) Incorpore corretamente os pronomes aos tempos compostos e às locuções verbais:
1. Teriam falado a meu respeito? (lhe)
2. E se eu houvesse enganado? (me)
3. Era um vidrinho de perfume cuja essência já tinha evaporado. (se)
4. Haviam procurado em toda parte. (o)
5. Tendo o menino distraído na rua, não assistiu à primeira aula. (se)
6. Teria mordido algum cachorro? (o)
7. Várias pessoas já tinham ido ver. (o)
8. Era como se tivesse ido muito longe, ou escondido atrás de uma parede muito grossa. (se)
9. Ela aplaudia a transformação que ia operando em mim. (se)
10. O marido está aconselhando a desistir da viagem. (a)
11. Cada vez mais eles foram distanciando de nós. (se)
12. Eu deveria reunir a eles para a escalada do morro. (me)
11) Há mais de uma alternativa lícita para a colocação dos pronomes nos tempos compostos e nas locuções verbais. Assinale, em cada grupo, a que representa uma peculiaridade da fala brasileira:
( ) Os presos tinham-se revoltado contra os carcereiros.
( ) Os presos tinham se revoltado contra os carcereiros.
( ) Os presos se tinham revoltado contra os carcereiros.
( ) Você lhe devia ter cedido o lugar.
( ) Você devia ter-lhe cedido o lugar.
( ) Você devia ter lhe cedido o lugar.
( ) O navio se foi afastando lentamente.
( ) O navio foi se afastando lentamente.
( ) O navio foi-se afastando lentamente.
( ) O navio foi afastando-se lentamente.
12) Assinale a única frase em que a colocação do pronome átono espelha uma característica da língua portuguesa do Brasil:
( ) Que relógio parado me estava governando? (Cecília Meireles)
( ) Don'Ana pressente que alguma coisa de muito sério se está processando. (Jorge Amado)
( ) Dar-me-iam algum monte de feno onde dormir... (Rubem Braga)
( ) Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. (Carlos Drummond de Andrade)
( ) Poderia ter se encontrado com a raposa... (Ledo Ivo)
( ) Aquela bonequinha de muita conversa e forte maquilagem o estava enfeitiçando. (Vilma Guimarães Rosa)
13) Nos exemplos seguintes há outras opções para a colocação dos pronomes átonos. Dê todas as colocações lícitas:
1. Soube que estavam sozinhos: vim para os ajudar.
2. Eu aproximava-me deles com certo receio.
3. Os ingressos para o jogo podem-se comprar aqui.
4. Os homens devem-se amar uns aos outros.
5. Não pode permitir-se o fabrico ou a importação de produtos que tais, alheios à demanda nacional mais urgente. (C. Drummond de Andrade)
6. Ainda que voltasse a vista para mim, ele não poderia me ver.
7. A tarde ia-se tornando lindíssima. (Cecília Meireles)
8. Depois de amarrá-lo ao pé da árvore, eu dava-lhe de comer.
9. Não me quis dizer o que era. (Machado de Assis)
10. Aquele freguês estava se dirigindo ao Chefe da Nação. (A. Machado)
11. Naquele tempo a escuridão se ia dissipando, vagarosa. (G. Ramos)
12. Eu quis experimentar-te. (Alexandre Herculano)
13. Daqui a poucas horas me hás de conhecer. (A. Herculano)
14. A mãe contava um caso qualquer que tinha se passado em casa. (Autran Dourado)
15. Eu devia esperar no colégio até que papai viesse buscar-me de carro.
16. Viúva acusa investigador de ter se apoderado de sua fortuna.
17. O povo se comprimia cada vez mais ao pé do altar. (Bernardo Élis)
18. Uma saudade funda lhe aperta o coração. (José Condé)
14) Orientando-se pelo modelo, redija os períodos abaixo na forma B:
Forma A: Eu reconheci algumas delas.
Forma B: Algumas delas eu as reconheci.
1. Levava à boca as migalhas que lhe ficavam entre os dedos.
2. Os passarinhos conseguem frutas e insetos pelo seu próprio esforço.
3. Tu ensinaste a caridade, o perdão e o sacrifício durante toda a tua vida.
4. Fez os doces e as empadas bem gostosos.
5. Quem não admira o mar e seus encantos?
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Colocação dos pronomes oblíquos átonos ( 4 )
Ênclise eufônica e enfática:
7) Em certos casos, a ênclise é justificada por exigências da eufonia ou da ênfase, embora com sacrifício das regras antes expostas:
"Era verdade que Dom Agustin excedera-se um pouco." (Viana Moog)
"Acontecia às vezes que uma das éguas xucras arrumava-lhe um coice." (Vivaldo Coaraci)
Colocação dos pronomes átonos nos tempos compostos:
8) Nos tempos compostos os pronomes átonos se juntam, na língua culta, ao verbo auxiliar e jamais ao particípio, podendo ocorrer, de acordo com as regras já estudadas, a próclise, a ênclise ou a mesóclise:
Os amigos o tinham prevenido. Os presos tinham-se revoltado.
Nunca a tínhamos visto. Haviam-no já declarado vencedor.
Até lá muitos já se terão arrependido.
"Você tem-se governado com virtude e fina sabedoria." (Amadeu de Queirós)
"Muitas infelicidades me haviam perseguido." (G. Ramos)
"Ter-lhe-ia sido nociva alguma de minhas prescrições?" (G. Cruls)
9) A colocação do pronome átono junto ao particípio, censurada pela Gramática, é própria da língua portuguesa do Brasil e encontra acolhida nos escritores modernos:
"Tinha se esquecido de conferir o bilhete." (V. Coaraci)
"A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestígio para isso?" (Jorge Amado)
"Era como se tivesse ido muito longe, ou se escondido atrás de uma parede muito grossa." (Raquel de Queirós)
"A situação agora havia se invertido." (José J. Veiga)
Colocação dos pronomes átonos nas locuções verbais:
10) Nas locuções verbais podem os pronomes átonos, conforme as circunstâncias, estar em próclise ou ênclise ora ao verbo auxiliar, ora à forma nominal:
1) Verbo auxiliar + infinitivo:
Devo calar-me, ou devo-me calar, ou devo me calar.
Não devo calar-me, ou não me devo calar, ou não devo me calar.
Mandei-os entrar. Não os mandei entrar.
Podes ajudá-lo. Não o podes ajudar, ou não podes ajudá-lo.
Queriam enganar-me, ou queriam-me enganar, ou queriam me enganar.
Não queriam enganar-me, ou não me queriam enganar.
"Mas agora já sabemos nos defender." (Guimarães Rosa)
"Não posso me confessar autor dessas barbaridades." (C. Drummond de Andrade)
"Se V. S.ª quer, posso lhe mandar algumas." (Martins Pena)
Observação:
Na fala brasileira, como atestam os três últimos exemplos, os pronomes átonos acostam-se, em geral, ao infinitivo.
2) Verbo auxiliar + preposição + infinitivo:
Há de acostumar-se, ou há de se acostumar.
Não se há de acostumar, ou não há de acostumar-se.
Deixou de visitá-lo, ou deixou de o visitar.
Não o deixou de visitar, ou não deixou de visitá-lo, ou não deixou de o visitar.
3) Verbo auxiliar + gerúndio:
Vou-me arrastando, ou vou me arrastando, ou vou arrastando-me.
Não me vou arrastando, ou não vou arrastando-me.
As sombras foram-se dissipando, ou as sombras se foram dissipando, ou ainda as sombras foram dissipando-se.
V.S.ª está me insultando, ou V.S.ª está insultando-me.
Não o estou criticando, ou não estou criticando-o.
Estava-o lendo há pouco, ou estava lendo-o há pouco.
As forças iam-se-lhe sumindo de dia para dia.
"Que relógio parado me estava governando?" (Cecília Meireles)
"A tarde ia-se tornando lindíssima." (Cecília Meireles)
"Cada vez mais ela se ia transformando." (J. Lins do Rego)
"Meus olhos iam se enchendo de água." (Raquel de Queirós)
"Você está me machucando." (Fernando Sabino)
"Mas aos poucos foi se adaptando." (V. Coaraci)
Observações:
1.ª) A colocação que se vê nos três últimos exemplos, com o pronome átono proclítico ao verbo principal, espelha um fato inequívoco da língua falada e escrita do Brasil. A Gramática não pode senão sancioná-la.
2.ª) A maneira de colocar os pronomes átonos, no falar brasileiro, nem sempre coincide com a dos portugueses, devido à entoação diferente e ao ritmo peculiar de nossa fala.
3.ª) As normas que acabamos de traçar acerca da topologia pronominal não têm a rigidez e a inflexibilidade das leis absolutas, ficando, em muitos casos, subordinadas às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da expressão.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos ( 3 )
Mesóclise:
4) A intercalação das variações pronominais átonas ocorre somente no futuro do presente e no futuro do pretérito, desde que antes do verbo não haja palavra que exija a próclise.
Exemplos: Realizar-se-á uma grande obra.
Falar-lhe-ei a teu respeito.
"Dir-me-á o leitor que a beleza vive de si mesma." (M. de Assis)
"Dar-me-iam água para lavar as mãos?" (G. Ramos)
"Ser-me-ia agradável passar uma hora em sossego." (G. Ramos)
Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados.
"Sua atitude é serena, poder-se-ia dizer hierática, quase ritual." (Raquel de Queirós)
Havendo palavra atrativa, impõe-se a próclise:
Não lhe pedirei nada. Ninguém se importaria.
Observação:
Em caso algum se haverá de pospor o pronome átono ao futuro do indicativo: dir-lhe-ei, dir-lhe-ia, far-se-ia, vender-lhe-ei, chamá-lo-ia, e nunca: direi-lhe, diria-lhe, faria-se, venderei-lhe, chamaria-o.
Ênclise:
5) Os pronomes átonos estarão em ênclise:1) Nos períodos iniciados pelo verbo (que não seja o futuro), pois, na língua culta, não se abre frase com pronome oblíquo:
"Vai-se a primeira pomba despertada!" (Raimundo Correia)
"Diga-me isto só, murmurou ele." (M. de Assis)
"Vendo-a entrar, Araquém partiu." (José de Alencar)
Observação: Iniciar a frase com o pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita, quando se deseja reproduzir a fala dos personagens: Me ponho a correr na praia. "Me larga! Eu quero ir embora." (Fernando Sabino) "Nos atirarmos à água pode nos ser fatal." (Milor Fernandes)
2) Nas orações reduzidas de gerúndio, quando nelas não houver palavras atrativas:
"O anão chegara-se a Inocência, tomando-lhe uma das mãos." (V. de Taunay)
Observação:
Se o gerúndio vier antecedido da preposição expletiva em, ou modificado por um advérbio, usar-se-á a próclise: "Em se tratando de um caso urgente, nada o retinha em casa." "Não o achando em casa, voltei desanimado." "Custódio era dado ao luxo, pouco se importando com os gastos."
3) Nas orações imperativas afirmativas:
"Romano, escuta-me!" (Olavo Bilac)
Procure suas colegas e convide-as.
Observação: A próclise com o imperativo afirmativo não era estranha ao português clássico: "Agora tu, Calíope, me ensina..." (Camões). "O pão nosso de cada dia nos dai, hoje." (Oração dominical)
4) Junto a infinitivo não-flexionado, precedido da preposição a, em se tratando dos pronomes o, a, os, as:
Todos corriam a ouvi-lo.
Começou a maltratá-la.
"Sabe ele se tornará a vê-los algum dia?" (J. de Alencar)
Observação: Junto a infinitivo flexionado, regido de preposição, é de rigor a próclise: Repreendi-os por se queixarem sem razão.
6) Vindo o infinitivo impessoal regido da preposição para, quase sempre é indiferente a colocação do pronome oblíquo antes ou depois do verbo, mesmo com a presença do advérbio não:
Corri para defendê-lo. Corri para o defender.
Calei para não contrariá-lo. Calei para não o contrariar.
Observação: Escritores clássicos costumavam intercalar o advérbio não entre o verbo e o pronome proclítico: "Calei para o não contrariar." "Há coisas que se não descrevem." (G. Cruls) "Já me não lembravam os três primeiros nomes". (M. de Assis) Tal colocação é obsoleta.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos ( 2 )
Próclise:
2) A próclise será de rigor:
1) Quando antes do verbo houver, na oração, palavras que possam atrair o pronome átono (¹). Tais palavras são principalmente:
a) as de sentido negativo:
Não o maltratei. Nunca se queixa nem se aborrece. Ninguém lhe resiste. Nada a perturba. Nenhum lugar nos agradou. Jamais te importunei.
Observação: Se a palavra negativa preceder um infinitivo não-flexionado, é possível a ênclise: Calei para não magoá-lo.
_____________________________
(¹) Não se trata, é claro, de uma atração de natureza física, mas sim da influência fonética que certas palavras exercem sobre as vizinhas para atender ao ritmo e à entonação da frase.
b) os pronomes relativos:
Há pessoas que nos querem bem.
Conheces o homem por quem te apaixonaste?
"Só então Luísa adivinhou o que se teria passado." (Fernando Namora)
c) as conjunções subordinativas:
Quando nos viu, afastou-se. Irei, se me aprouver. Não os quis, embora lhe servissem. É justo que o ampares. Não iria, ainda que me convidassem.
Observação:
A elipse da conjunção não dispensa a próclise: "Rogo a V.Exª, me dispense dessas formalidades." "Quando passo e te vejo, exulto."
d) certos advérbios:
Sempre me lembro dele. Já se abrem as portas. Bem se vê que não entendes. Aqui se trabalha. Deixe a pasta onde a encontrou. Mais se aprende vendo do que ouvindo.
Observação:
Se houver pausa depois do advérbio, prevalecerá a ênclise: "Depois, encaminhei-me para ele." (Said Ali) "Aqui uma nuvem escura envolveu-lhe o espírito." (A. Machado)
e) os pronomes indefinidos tudo, nada, pouco, muito, quem, todos, alguém, algo, nenhum, ninguém, quanto:
Tudo se acaba.
"Dize, e todos te obedecerão."
Ignoro de quem se trata.
Pouco se sabe a respeito desse artista.
Algo o incomoda?
2) Nas orações optativas cujo sujeito estiver anteposto ao verbo:
Deus o guarde! Os céus te favoreçam! A terra lhe seja leve!
3) Nas orações exclamativas iniciadas por palavras ou expressão exclamativa:
Como te iludes! Quanto nos custa dizer a verdade!
"Que de coisas me disse a propósito da Vênus de Milo!" (M. de Assis)
4) Nas orações interrogativas iniciadas por uma palavra interrogativa:
Quando me visitas? Quem se apresenta? Por que vos entristeceis?
3) Na pronúncia do Brasil, as formas pronominais oblíquas não são completamente átonas; são, antes, semitônicas. Assim se explica por que entre nós é predominante a tendência para a próclise. Ele terá de se calar. É o que eu queria lhe dizer. As pessoas foram se retirando. Me empreste o livro.
"Calado, me diga se devo ir-me embora." (Cecília Meireles)
"Nosso sonho vai se realizar." (A. Olavo Pereira)
"Te agarra com aquele pretinho do céu, Amparo!" (Josué Montelo)
"Percebi que estavam me chamando." (Vivaldo Coaraci)
"Como teria se comportado aquela alma de passarinho...?" (Raquel de Queirós)
Colocação dos pronomes oblíquos átonos ( 1 )
Baseado na "Novíssima Gramática da Língua Portuguesa", de Domingos Paschoal Cegalla. 25ª edição.
1) Neste exemplo de José Fonseca Fernandes:
"Despediu-se aborrecido do especialista, que, amável, estendia-lhe a mão com simpatia."
podemos observar que os pronomes pessoais átonos se e lhe se incorporam foneticamente ao verbo, formando com este como que uma só palavra.
Conforme sua posição junto ao verbo, os pronomes oblíquos átonos podem ser:
1) proclíticos (antepostos ao verbo): Isso não se faz.
2) mesoclíticos (intercalados no verbo): Chamar-me-iam de louco.
3) enclíticos (pospostos ao verbo): Quero-lhe muito bem.
Essas três colocações dos pronomes átonos denominam-se, respectivamente, próclise, mesóclise e ênclise.
Observação:
As normas que vamos dar acerca da colocação pronominal aplicam-se também ao pronome demonstrativo o, que pode incorporar-se ao verbo à maneira de um pronome pessoal átono: Ia dizer-lhe uma palavra áspera, mas não o fiz.
1) Neste exemplo de José Fonseca Fernandes:
"Despediu-se aborrecido do especialista, que, amável, estendia-lhe a mão com simpatia."
podemos observar que os pronomes pessoais átonos se e lhe se incorporam foneticamente ao verbo, formando com este como que uma só palavra.
Conforme sua posição junto ao verbo, os pronomes oblíquos átonos podem ser:
1) proclíticos (antepostos ao verbo): Isso não se faz.
2) mesoclíticos (intercalados no verbo): Chamar-me-iam de louco.
3) enclíticos (pospostos ao verbo): Quero-lhe muito bem.
Essas três colocações dos pronomes átonos denominam-se, respectivamente, próclise, mesóclise e ênclise.
Observação:
As normas que vamos dar acerca da colocação pronominal aplicam-se também ao pronome demonstrativo o, que pode incorporar-se ao verbo à maneira de um pronome pessoal átono: Ia dizer-lhe uma palavra áspera, mas não o fiz.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Recomeçar
Recomeçar
Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças na vida e o mais importante: acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É por que fechaste a porta até para os anjos. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é! Agora é hora de iniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal um novo emprego? Uma nova profissão? Um corte de cabelo arrojado, diferente? Um novo curso, ou aquele velho desejo de apender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa? Olha quanto desafio. Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando. Tá se sentindo sozinho? Besteira! Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento", tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza nem nós mesmos nos suportamos. Ficamos horríveis.
O mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca ficar amarga. Recomeçar!
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Ir alto. Sonhe alto, queira o melhor do melhor, queira coisas boas para a vida. Pensamentos assim trazem para nós aquilo que desejamos. Se pensarmos pequeno, coisas pequenas teremos.
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da Faxina Mental. Joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes, fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue tudo fora. Mas, principalmente, esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o "Amor".
Texto muitas vezes atribuído a Carlos Drummond de Andrade, mas há dúvidas quanto à autoria.
Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças na vida e o mais importante: acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É por que fechaste a porta até para os anjos. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é! Agora é hora de iniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal um novo emprego? Uma nova profissão? Um corte de cabelo arrojado, diferente? Um novo curso, ou aquele velho desejo de apender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa? Olha quanto desafio. Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando. Tá se sentindo sozinho? Besteira! Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento", tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza nem nós mesmos nos suportamos. Ficamos horríveis.
O mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca ficar amarga. Recomeçar!
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Ir alto. Sonhe alto, queira o melhor do melhor, queira coisas boas para a vida. Pensamentos assim trazem para nós aquilo que desejamos. Se pensarmos pequeno, coisas pequenas teremos.
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da Faxina Mental. Joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes, fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue tudo fora. Mas, principalmente, esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o "Amor".
Texto muitas vezes atribuído a Carlos Drummond de Andrade, mas há dúvidas quanto à autoria.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Crônica - Manoel Lobato
Crônica publicada no jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, dia 07 de janeiro de 2013.
UM DIA A CASA CAI: CONSOLO DO SEM-TETO
Desde menino eu me preocupo com a iniquidade do mundo. Bem verdade que não senti a morte de meu pai, pois nem sequer o conheci. Eu tinha menos de sete anos quando ele morreu. A medida que fui crescendo - no físico e no entendimento, como se expressam os autores de textos sacros - aumentava a pouco e pouco o meu sentimento carencial, por causa da falta de uma hipotética proteção paterna.
Até hoje entendo que na vida há desigualdades sem conta, por isso, quando cai um graúdo, como Sérgio Naya, tenho a sensação de que um dia a casa cai, no sentido figurado. Caem edifícios, no sentido trágico da realidade. Por que descrer de que a casa possa cair?
Assusta-me a notícia de que Collor quer ser de novo presidente da República, pois, pelas pesquisas, ele será eleito, no mínimo, governador das Alagoas.
De cambulhada essas esculhambações me perturbam. Quando jovem, diante de minha luta para a sobrevivência como jornalista no Rio, eu me consolava com o raciocínio desesperado: um dia estarei morto, e então todo sofrimento terá seu fim. Um dia a casa cai.
E o tempo foi passando. Envelheço sem querer. Não apenas venho crescendo no físico e no entendimento. Com a velhice, volto a ser nanico, e raciocínio como criança diante de minhas minguadas energias, com a caduquice de quebra. Continuo escrevendo. Meu destino é inexorável.
Meditando sobre tudo isso, topo com velho companheiro de redação, Chico Tonto, que tem esse apelido porque vive bêbado, sempre reclamando que as águas do rio São Francisco estão secando.
Chico Tonto está sentado numa cadeira torta. Toma pinga num bar do bairro da Floresta. Ele está risonho, resignado, e lê poemas de José Carlos Aragão, poeta que mora em Ipatinga e que abiscoitou um prêmio literário, patrocinado pela Editora Formato e pela Xerox. Digo a Chico Tonto: "Você devia parar de beber. Talvez você entrasse para a Academia Mineira de Letras..."
Ele me explica: "Quando estou bêbado, sinto-me na Academia Brasileira de Letras, tomando chá com os imortais!" E solta sua filosofia de botequim: "Creio na minha imortalidade, por causa do meu espírito. Creio que eu seja centelha do Eterno, por isso sou ébrio etílico e ébrio de esperança. Os órficos, os pitagóricos, os platônicos me provam que sou eterno. Se eu não beber pinga, fico sóbrio e começo a duvidar da imortalidade; acho que é por causa disso que a bebida é também chamada de espirituosa. Vi no dicionário: há bebedice etílica, e há bebida espirituosa, sabia?"
Saio do bar, raciocinando sobre a iniquidade do mundo. Volto a pensar em meu pai que nem sequer conheci. Sinto-me no meio da rua. Nunca tomei bebida alcoólica. Sou tonto por natureza. Zonzo, vou ziguezagueando entre os carros que não querem esperar o sinal verde. Avançam no amarelo.
Crônica originalmente publicada dia 19/04/1998.
Dados do autor: Mineiro de Araçaí (1925), Manoel Lobato
começou a ganhar a vida como repórter. Graduado em fermácia, por mais
de 40 anos foi dono de drogaria. Formado também em direito, advogou
durante algum tempo. Quando se aposentou, voltou para o jornalismo,
como redator do Suplemento Literário do Minas Gerais. É autor
de 17 livros entre contos, novelas e romances, onde sobressaem tipos
urbanos e tramas carregadas de loucura, sexo e misticismo. Morador da
Sagrada Família desde 1965, Manoel Lobato ainda dá plantões numa
farmácia do bairro e escreve diariamente uma coluna no jornal O Tempo, de Belo Horizonte. (Fonte: www.bhdecadaum.com.br)
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